1. |
Primeiro Mundo
05:01
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// Primeiro Mundo
Nas ruas pisaste pedras de caminho
Como se pudesses ignorar tantas coisas
Como olhar para a casa do vizinho
Aquele que sabe tudo e onde tu queres morar
Vai daí e dizes que é tudo tão ingrato
O trabalho este prato
Vais daí e dizes que só queres falar de estar
Nos meus sapatos
Não te fica nada por dizer
A alvorada é quando eu quiser
Não nos sobra muito enquanto não soubermos
Não nos sobra nada daquilo que nós queremos
Depois quiseste contra argumentar
Falar da incerteza de estar cá a trabalhar
Espirras frases decoradas
Lês de tudo de auto-estrada
Fazes sempre conclusão
Ganhas um concurso na televisão
Quem foi que falou antes de mim?
Quem disse que era melhor?
Chega parou nada na mão
Isto não passa de solidão
Queres só ter o que fazer
Difícil é ser onde comer
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2. |
Fazer Fé
03:13
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// Fazer fé
Não!
Ruínas são portas abertas
espaços, magras descobertas
de vidas que estão acabar
E sim!
Recuso tudo o que dizes
mesmo que te faças de morto
te levantes no fim da festa
Não é demais
saberes ao que vais
vires de braço dado
ter os dentes
É!
É demais que te façam tudo
recado forte peito mudo
e tudo à volta a acabar
Em quem
queres mais que eu acredite
que já pode que já tudo
fazer diferença é mais que missa
Não chega que passes tudo de tapete
na destreza de um roquete
rico preço de leão
sobra-te tudo, não é, cabrão?
Não é demais
saberes ao que vais
vires de braço dado
ter os dentes cerrados
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3. |
De Cabeça
02:59
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// De Cabeça
Ao longe tudo parece mais formado e distinto
As casas não se lembram se eu gosto de whisky ou absinto
Vejo luzes a piscar, digo tudo o que quero
Corto em partes não sei bem o quê
Sirvo-me de mais um copo
Insulto-te só porque quero
Tu não passas de um reles burguês
Deixa-me
que fique ele com tudo
não quero pensar
que disse de menos
Esquece-te
há cabeça de rei
está na minha entrada
não ma tiras por nada
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4. |
Nortada
04:35
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// Nortada
Hoje acordei de lado
já te disse que é melhor ficares calado
É que hoje eu não vou mudar
mais nada
não te disse quem te visse
hoje é que vou mudar
mais nada
Há na primeira uma arte de submissão
são todos fortes, homens de total complicação
eu fiz de tudo para querer mais do que água e sal
já sei que tudo é demais para este pantanal
Perdi de tudo o que é a mais porque eu não sei ganhar
fui dente escuro, podre, fácil de arrancar
e disse tudo mas nunca te disse eu que vais
acabou tudo amanhã sou capa de jornais
Hoje não vou mudar mais nada
não te disse quem te visse
hoje não vou mudar
mais nada
Mas hoje não vou mudar mais nada.
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5. |
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// Disseste tudo que tinhas para dizer?
Quantas vezes é que te disse
que não vale a pena estar
tudo vai, tudo menos
tudo volta ao seu lugar
Eu não quero essa estação
e pão na mão
tudo mais é a desgraça
e eu não vejo qual é a graça
de te gozar
pedir de dedo no ar
faz o estado a intenção de me arrastar?
porque o meu corpo de atleta
nunca esteve no lugar
e sobra tempo para dizer
quem quero
e trago a paz regular de passar sem falar
só me lembra que a distância
é cerne de uma merda:
isolamento a mais
é mais que certo que vais
e diz-te que tudo à distância
nos dá a preponderância
de sermos comentadores
da nossa própria desgraça
Eu não vejo qual é a graça!
Porque é que o meu corpo não volta
à directa intenção?
Porque é que daqui não sobra
uma só solução?
Porque é que há sempre colisão
e todos apontar?
mas se vem um grande e forte
rezas, por sorte.
Eu disse! Cala-te.
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6. |
Suprasumo
04:38
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// Suprasumo
Sim eu sei quem é o tal
recuso-me achar que sou igual
que bem que foi pensar a mudança
contigo oh mulher
eu posso bem sem a esperança
sozinho de colher
vou daqui para lá
Recorto notícias
faço-me de capitão
o chão desta casa
parece de betão
podes bem falar
no fim podes continuar
e tu dizes que é tudo normal!
mas quem é que disse que eu não sou igual?
Melhora tudo à denúncia
sabes tanto é só astúcia
tens que deixar que te tratem melhor
São postes novos de luz forte
a causa é a nossa morte
e na lembrança de luz negra
nos dentes brancos a minha perda
e tu dizes que é tudo normal.
mas quem é que disse que eu não sou igual?
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7. |
Surto
05:22
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// Surto
Mais atenção
procura que rasteja
um quarto canhão
só mais um pouco de soro
liga-te à máquina
e espera
Mais atenção
esquece tudo que é ouro
a faltar ilusão
e mais um pouco de nada
Sobra-te pouco de nada.
No conforto de casa.
Dois gajos chegaram
tinham pensado ficar
no resto é fácil
é só saber tirar
mas que te dizem as sombras?
Ela não quis
não me disse a mim
é como se houvesse
palavras de fim
e a conversa mudava
eu era pedra de estrada
mas que te dizem as sombras?
É o que te dizem que contas?
Vais pela sombra do que viste
e é resto que amanhã acaba
a féria que soma só.
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8. |
Junto
03:12
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// Junto
Já chega de ser vulgar
falar é coisa de perder
de monte se faz caminho
caminho não faz sozinho
Já disse que és vulgar
falar de tudo outra vez
aquilo que foi é inútil
parece sobra
não tem mais hora de ser
Foi tudo o que eu perguntei
Ouvi e fiquei por cá
Agora parte
e diz-me
do alto da morte
Como te sentes agora, que não existes?
A quem recorres para gabar as coisas tristes?
A quem vais perguntar quanto vales?
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9. |
AAA
04:16
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// AAA
Já sobra mais do que eu posso levar
não tenho mais em mim
que me possa valer
Se seguires
tirares a tua vez
só esperas atenção
não olhas mais que a ti
Jogamos todos à corda cega
que te tolda a ilusão
vendes a banha da cobra
para saires à campeão
E é só para que te lembres de tudo
porque esquece o futuro
e há intenção de partir
É só quem dá que é lugar aqui
eu disse que era teu
menti só por julgar
Não mexi, não fui capaz de falar
só te faz quem não quiser
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10. |
É melhor correres.
04:59
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// É melhor correres.
Fechei a porta de casa
já não entra ninguém
tomo doses das grandes
estou melhor que antes
já falo cinco línguas
sou o rei da informação
leio sete jornais
páginas de deus, informais
Nunca te disse porque eu já não te vejo.
Corro no mesmo sítio
faço exercícios para mudar
como sacrifícios
não tenho ideia melhor
Eu quis ser melhor.
Estás a falar de quem?
Já te disse que isto não é sobre ninguém.
Outro dia saí
bebi uma garrafa de coragem
e cedi para mim
comprei mais um maço
esperei que acabasse a tontura
ela não acabou
rolou outra ternura
Não adianta fugires daqui
porque eu vou-te apanhar
no teu lugar
Faz aquilo que quiseres comigo
mas eu vou-te comer
até não falares
Já falta pouco.
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